Hoje, nossa série de entrevistas com lideranças do partido, traz um bate papo com o Secretário-Geral do PSB-ES, Carlos Roberto Rafael.

Natural de Mimoso do Sul, Carlos Rafael contou que devido às mudanças de sua família, ainda na primeira infância, ele se considera natural de 03 municípios: Mimoso do Sul, Alegre e Muqui. Em suas palavras: um cidadão do sul do estado! 

Com 30 anos de filiação partidária ao PSB capixaba e uma experiência por diversos órgãos e autarquias estaduais e municipais, hoje, Rafael está à frente da Junta Comercial e nos conta um pouco sobre sua visão sobre o partido, o governo estadual e seus planos para o futuro. Confira!

PSB-ES: Enquanto membro da Comissão Executiva Estadual do PSB capixaba e já tendo estado à frente do partido como presidente, como avalia o cenário político estadual em 2021 e quais suas perspectivas para as eleições de 2022.

Avalio como boa, oportuna e necessária, visto que precisamos completar esse ciclo de governo que esperamos ser de 8 anos.

O PSB tem um projeto calcado na liderança de Renato Casagrande para dois mandatos de de governo no Espírito Santo,  por isso, nós temos que trabalhar muito e temos condições para isso.

Nós, da direção do partido, temos que estar aptos a acolher todas as demais forças políticas num debate com os partidos para garantir as condições necessárias para esta reeleição, e não somente isso, temos que fazer nossa representação na Câmara Federal e  Assembleia Legislativa, elegendo os nossos deputados. Então, isso é uma tarefa que nos mantém constantemente em construção, de forma que possamos absorver no âmbito local o apoio necessário à reeleição do nosso amigo Renato Casagrande, e que possa ser uma construção de uma vitória decisiva e,  certamente, em primeiro turno.

PSB-ES: Levando em consideração o cenário político econômico atual e estando a frente da gestão da Junta Comercial, durante esse período tão difícil para o setor econômico e produtivo do Brasil e não diferente no estado, quais os maiores desafios encontrados?

A Junta Comercial já vinha num protagonismo digital, sendo um órgão preparado para trabalhar totalmente online, e a crise acabou nos favorecendo porque nos sensibilizou nessa mudança de cultura de achar que as coisas têm que ser “deixadas mais pra frente”. A  população entendeu mais rapidamente que podia usar os serviços digitais que a Junta já tinha disponível.

Nós preparamos a equipe num esforço coletivo e conseguimos fazer com que a Junta, neste momento de pandemia, se transformasse em 100% digital, e trazendo resultado para o nosso estado. Estamos frequentemente em 1º lugar nacional e da região sudeste e temos sido o 1º lugar em tempo de registro de novos negócios. Isso é extremamente fundamental e animador, num momento que você vê a imprensa e a sociedade só falando em fechamento de negócios, nós, na Junta Comercial, tivemos em setembro, a felicidade de anunciar o maior número de aberturas de novos negócios,  um  recorde histórico dos últimos 10 anos. 

Isso é fruto de uma boa gestão que sabe enfrentar as dificuldades e criar oportunidades. O Governo do Estado têm nos orientado, o Governador têm cobrado dos órgãos de governo que sejam indutores, criadores e propulsores de novos negócios, deixando que os nossos investidores e nossos empresários gastem o tempo deles com aquilo que mais sabem fazer: produzir, gerar riqueza e gerar empregos, e que nós sejamos para eles um instrumento facilitador de seus negócios.

PSB-ES: Ainda sobre o aspecto do desenvolvimento comercial e econômico capixaba, como o senhor tem avaliado o desempenho do Governo do Estado na condução da crise e quais reflexos na abertura de novas empresas.

Eu tenho dito, quando questionado pela imprensa sobre essa questão dos números, que o Espírito Santo, simplesmente, é um ponto fora da curva nacional. Nós temos alguns fatores que nos coloca nessa condição: temos um estado pequeno, localizado estrategicamente na região sudeste, um dos maiores polos consumidores. Temos portos, aeroportos, indústrias, agropecuária forte, indústria de mineração fortíssima, temos gás e petróleo altamente destacáveis. Então, o Espírito Santo, tem todas as condições que motivam um empreendimento, e tem tido a felicidade de ser governado nos últimos anos de forma correta, transparente, com gestão fiscal com transparência, com nota A, com credenciamento, com recurso em caixa para fazer os investimentos, para incentivar os pequenos e médios negócios, através dos bancos parceiros.

O Governo do Espírito Santo tem nos orientado, tem dirigido esse Estado com muita clareza e com muita transparência. Essa soma de interesses, ligado a um Governo estável, regular e de diálogo, cria as condições para que o investidor continue acreditando nesse estado e continue investindo no Espírito Santo.

PSB-ES: O senhor já esteve à frente da gestão de diferentes secretarias e autarquias municipais e estaduais, acumulando vasta experiência na condução de órgãos públicos. Como tem sido para o senhor essa experiência e quais seus planos futuros? 

Essa experiência tem sido altamente valorizada e tem me colocado numa condição de dizer para todos que temos hoje uma visão de Estado,  não apenas uma visão de uma Secretaria ou de um Órgão de Governo. Temos vivências, temos experiências e conhecimento do que acontece no Espírito Santo. Tenho muita gratidão por ter tido todas essas oportunidades e deixado muitas vezes em segundo plano meus interesses privados, para me dedicar à vida pública.  Hoje eu sou realmente uma pessoa que vive da política e, posso dizer, que com a prática acumulada na gestão pública, consigo fazer gestão de onde estiver, independente das dificuldades.

Um preparo que me permite tomar as decisões com precisão, pois conheço a máquina pública e como funciona sua engrenagem em estruturas diferentes, transitando em todas elas de forma transparente e criando as condições para uma boa gestão.

Quanto aos meus planos para o  futuro, meu coração pede frequentemente ao longo desses poucos 30 anos de vivência pelo PSB, colocar meu nome para uma disputa eleitoral. Já tive oportunidade de me candidatar a uma prefeitura, porém hoje, me colocaria à disposição para uma vaga na Câmara Federal ou Assembleia Legislativa. Minha decisão, porém, é limitada à responsabilidade que eu tenho com o PSB-ES e a vontade de ver Renato Casagrande reeleito. Se minha candidatura contribuir para esse projeto, eu levarei essa proposta para toda a base partidária e para a sociedade, para ver se terá acolhimento. Caso contrário, continuarei andando como sempre andei: com a caravana do 40, com o pé na estrada, conversando com cada um dos aliados, buscando fortalecer o nosso partido, oportunizando os demais partidos também no seu crescimento e fazendo que nosso projeto possa, mais uma vez ser consolidado com a vitória, para concluirmos aquilo que temos de propostas para o Espírito Santo.

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